A ciência natural tem por objeto a natureza (4) inteira, e esforça-se em conhecê-la cientificamente. Este objeto é-lhe comum com a filosofia natural, da qual se distingue pelo ponto de vista e pelo método. Procura registrar todos os fatos naturais, servindo-se de indução baseada na observação e na experimentação, descobrir as regularidades (lei natural) existentes na natureza, constituir assim um sistema ordenado (o esquema cicntífico-natural do universo) e, por essa forma, obter uma explicação da natureza. Quanto aos problemas últimos e mais profundos, referentes sobretudo à essência das coisas naturais, confia-os à especulação filosófica. Especial perfeição apresentam as ciências natu-turais exatas que expressam seus resultados em fórmulas, sendo, por tal motivo, capazes de alcançar notável precisão. — Na Antiguidade e na Idade Média, dava-se o nome de física a todo estudo científico da natureza, incluindo a alma. Na Idade Moderna, operou-se uma separação entre ciência natural e filosofia natural. Hoje, a física, em sentido muito amplo, designa a ciência da natureza inorgânica, do mesmo modo que a biologia tomada também em sentido muito amplo, abarca todas as ciências da natureza animada. Em sentido estrito, a física é uma parte daquela ciência, especialmente caracterizada por seu método exato, cujo objeto são sobretudo as mudanças dos corpos, que não afetam a natureza i em a estrutura das coisas. Na física é muito visível a linha divisória entre ciência experimental, que, mediante pesquisa experimental, estabelece os fatos, e ciência teorética ou especulativa, que formula matematicamente as leis e, por via matemática, se propõe chegar a consequências ulteriores. — A divisão da ciência natural em diversos ramos (física, química, astronomia, mineralogia, geologia, etc.) é, em grande parte, condicionada pela necessidade prática de uma divisão do trabalho. — Junk. [Brugger]