Léon Brunschwicg, como matemático, partia da análise e da história das ciências para passar às do espírito e terminar finalmente num idealismo filosófico radical de feição panteísta e ainda histórica. Um matemático genial, Henri Poincaré, mostrou mais sabedoria ou largueza de vistas, pois, vendo nas ciências da sua especialidade um jogo infalível do espírito, fazia-as depender da natureza deste espírito que, se fosse diferente, poderia tê-las construído de maneira diferente. Isto o levou às considerações expostas em Ciência e hipótese e O valor da ciência, onde, embora concedendo à ciência tudo que era preciso, demarcava-lhe os limites e reconhecia, para numerosas almas, necessidades de ordem metafísica que teriam de ser satisfeitas por outras vias. Finalmente, as teorias de Einstein sobre a relatividade vinham dilatar o campo da física mas não rasgavam perspectivas novas para a filosofia. [Truc]