(lat. oratio enunciativa; in. Statement; fr. Assertion; al. Behauptung; it. Asserzioné).
Frase de sentido completo que afirma ou nega, podendo ser verdadeira ou falsa. Aristóteles distinguiu a asserção, nesse sentido, da súplica, da ordem, etc, considerando que só ela é objeto da lógica, ao passo que as outras formas de expressão são objeto da retórica ou da poética (De interpr., A 1 a 2-9). Disse que a asserção é “uma frase que significa que alguma coisa inere ou não em alguma coisa, segundo as divisões do tempo” e que a afirmação e a negação são as duas formas fundamentais (ibid., 17 a 23). Boécio traduziu a expressão de Aristóteles por Oratio enunciativa (P.L., 64s, col. 314, 399), considerando-a praticamente equivalente ao enuntia-tum dos estoicos. Na realidade, os dois termos são equivalentes, se não forem consideradas as diferenças do contexto em que se encontrem (v. enunciado; proposição).
Na lógica matemática contemporânea, Russell, com base em Frege e acompanhado por muitos outros lógicos, introduziu um símbolo especial (’—’), a ser anteposto ao símbolo da asserção. A lógica terminista medieval julgava, porém, que as expressões “é verdade que ‘p’” e ‘p’ (onde ‘p’ é sinal de uma proposição) devem ser consideradas sinônimas. Contudo, a asserção implica que se acredita ou se assente na proposição expressa; como tal, às vezes é distinguida de enunciado. Cf. assentimento. [Abbagnano]
O ato do espírito, que declara verdadeira uma proposição, quer afirmativa, quer negativa.
ASSERÇÃO INDEPENDENTE (Princípio) — Também chamado simplesmente princípio da asserção. Este princípio foi formulado por Couturat, cujo enunciado reproduzimos: «Se, numa implicação, a hipótese é verdadeira (categoricamente), a tese também é verdadeira (categoricamente), e pode ser ela afirmada absolutamente (isto é, independentemente da hipótese).