(gr. o kyrieuon logos).
Argumento famoso, com o qual Diodoro Cronos, um dos seguidores da escola socrática de Mégara (séc. IV-V a.C), mostrava a identidade entre o possível e o necessário. Esse argumento era assim formulado: “Do que é possível não pode seguir-se algo impossível. Ora, é impossível que aquilo que passou seja diferente do que foi. Mas se, num momento anterior, tivesse sido possível algo diferente do que foi, do possível teria surgido o impossível: logo, o que é diferente do que foi não era possível em nenhum momento. Por conseguinte, é impossível que possa acontecer algo que não aconteça realmente” (Epicteto, Diss., II, 19, I; v. Cícero, De fato, 6 ss.). Limitando a possibilidade ao que realmente aconteceu, Diodoro afirmava a necessidade de tudo o que acontece, ou seja, é impossível que o que acontece possa acontecer de modo diferente de como acontece (v. necessário; possível). Na filosofia contemporânea, esse argumento é adotado por N. Hartmann, com explícita referência a Diodoro Cronos (Möglichkeit und Wirklichkeit, 1938, pp. 186 ss.). [Abbagnano]