(gr. apodeiktikos; lat. apodicticos; fr. Apodictique; al. Apodiktish)
1. Demonstrativo. Este é o significado geral e fundamental do termo; significado que ele tem em Aristóteles, seja quando o refere à proposição (An. Pr. I, I, 24 a 30), seja quando se refere à ciência, definida como hábito demonstrativo (Et. Nic. VI, 3, 1139 b 31).
2. Necessário. Este significado foi introduzido como significado primário por Kant que chamou de apodíticos, os juízos em que a afirmação ou a negação se considera como necessária. “A proposição apodítica, escreveu Kant, pensa o juízo assertivo determinado através das leis do próprio intelecto e portanto afirmado a priori; e exprime assim uma necessidade lógica” (Crít. R. Pura, § 9,4). Esta obviamente não é a necessidade da demonstração. Kant, porém, não exclui nem mesmo o significado tradicional porque dividiu as proposições apodíticas nas demonstráveis e nas imediatamente certas (Ibid, Doutrina do Método, cap. I, seç. I [A 736, B764]. O uso de Kanto foi seguido por Husserl que falou de “visão apodítica” e de “evidência apodítica” (Ideen, I, § 137), além de ego apodítico: “apodítico nas suas intencionalidades que são por sua vez apoditicamente incluídas nele e que apoditicamente devem ser explicadas (Die Krisis, § 71). [Abbagnano]