Substantivo neutro
objeto precisos, representação de uma divindade.
Deriva do verbo agallomai, “exultar, sentir uma altivez alegre”, designa em Homero (Ilíada IV, 144), objetos preciosos cuja origem encontra-se além deste mundo, sendo objetos de um dom gratuito emanado deste outro mundo além. A partir de Heródoto em na ática, o termo designa uma estátua, uma imagem oferecida a um deus. Compreende-se porque em Platão que conhece o sentido usual deste termo (Rep. VII, 517d), o utiliza no Timeu (37c) para designar o mundo sensível, imagem visível do Vivente eterno (zoion aidion) que desempenha a seu respeito o papel de forma inteligível. A metáfora será abundantemente retomada e comentada no neo-platonismo (Plotino, Enéadas II, 7), onde a partir de um certo momento tomará uma nova dimensão em função das ligações desta corrente de pensamento com a teurgia. (Luc Brisson, Les Notions philosophiques, PUF, 1990).