Um computador se compõe essencialmente de quatro unidades: unidade de entrada, de saída, de cálculo e de memória. O cálculo a ser feito é fornecido através da unidade de entrada. Na memória está o “programa” que dá as regras para se efetuar o cálculo, o que é feito na unidade ae cálculo. A resposta é fornecida pela unidade de saída. Embora “máquinas computadoras” já houvessem sido construídas desde Descartes, e embora Leibniz tivesse inclusive tentado desenvolver uma teoria para máquinas de calcular (e embora Swift tenha satirizado sarcasticamente as tentativas de se construírem tais máquinas, com sua máquina-para-fazer-filosofias, só muito recentemente foi desenvolvida uma teoria capaz de possibilitar a construção de computadores. A teoria da estrutura de uma máquina de calcular é dada pela teoria das máquinas de Turing e pela teoria dos autômatos (v. máquinas matemáticas); existem restrições formais aos cálculos que um computador é capaz de fazer — um problema formalmente insolúvel de decisão não pode ser “resolvido” por um computador (v. teoria não decidível). A engenharia de um computador é realizada pela teoria da informação e pela cibernética: estas duas tecnologias nos possibilitarão construir uma, máquina em condições ótimas, isto é, que efetue os cálculos desejados com um mínimo de erros e no tempo mais curto possível. [Francisco Antônio Dória]