(gr. pseudomenos; lat. mentiens; in. Liar; fr. Menteur, al. Lügner; it. Mentitoré).
Um dos argumentos que os antigos chamavam de ambíguos ou conversíveis e os modernos chamam de antinomias ou paradoxos: consiste em afirmar que se mente; assim, quando se diz a verdade, mente-se, e quando se mente, diz-se a verdade. A conclusão é impossível. Atribuído a Eubúlides de Mégara (Diógenes Laércio, II, 108), esse argumento é encontrado em muitos escritores antigos (Aristóteles, El. sof, 25, 180 b 2; Cícero, Acad., II, 95; De divin., II, 4; Aulo Gélio, Noct. Att., 18, 2). Retomado no último período da escolástica, esse argumento ainda é discutido pela lógica como uma das antinomias lógicas (v. antinomia). [Abbagnano]