(gr.hybris).
Com este termo, intraduzível para as línguas modernas, os gregos entenderam qualquer violação da norma da medida, ou seja, dos limites que o homem deve encontrar em suas relações com os outros homens, com a divindade e com a ordem das coisas. A injustiça nada mais é que uma forma de hybris, porque é a transgressão dos justos limites em relação aos outros homens. Neste sentido, Hesíodo dizia: “Quando levada a cabo, a justiça triunfa sobre a hybris: o néscio só entende quando sofre” (Op., 216-17). Para Platão, há hybris sempre que é superada “a medida do justo”; portanto, a hybris tem muitas faces, muitos lados e muitos nomes iFed., 238 a). Aristóteles deu a esse termo um significado mais restrito: entendeu tratar-se de ofensa gratuita feita aos outros apenas pelo prazer de sentir-se superior: o que é insolência (Ret., II, 2, 1378 b 23). [Abbagnano]