(gr. sphaira, sphairos; lat. Gobus; in. Globe; fr. Globe; al. Spbare; it. Sfera).
Segundo os antigos, a figura perfeita, que compreende em si todas as outras figuras e é a imagem da homogeneidade e da perfeição (cf. Platão, Tim., 33 b). Parmênides comparava o ser a uma “E. perfeitamente redonda”, porquanto ele é definido por todos os aspectos, sendo igual a si mesmo, de tal modo que em nenhum de seus aspectos é maior ou menor que ele mesmo (Fr. 8, 41, Diels). Empédocles chamava de esfera a fase perfeita do ser, em que predomina a amizade: “Mas em todos os aspectos era igual e inteiramente infinito, o esfero redondo que goza da sua solidão envolvente” (Fr. 28, Diels). No Renascimento, Nicolau de Cusa retomou essas especulações, insistindo na perfeição da figura circular (De docta ignor, I, 21) e atribuindo à alma a forma esférica (De ludo globi, I). [Abbagnano]