(al. Empiriokriticismus).
Foi assim que R. Avenarius chamou sua “filosofia da experiência pura”, que ele concebeu como ciência rigorosa, análoga às ciências naturais positivas, portanto excludente de qualquer metafísica. A tese fundamental do E. é que a experiência pura precede a distinção entre físico e psíquico e, portanto, não pode ser interpretada em bases materialistas nem idealistas. Os elementos da experiência pura são as sensações, que são acompanhadas pelos caracteres, qualificações várias que as sensações recebem em suas diversas relações: p. ex., prazer e dor, aparência e realidade, certo e incerto, conhecido e desconhecido, etc. O que chamamos de “coisa” e de “pensamento” não passam de diversas formas de posição dos mesmos conjuntos de elementos, no sentido de que a sua diferença só depende de uma diversidade de “caracteres” e que essa diversidade depende da relação biológica com o ambiente circundante (Kritik der reinen Erfahrung, 1888-1890, 2 vols.). Algumas dessas teses, e especialmente a de que todas as coisas ou pensamentos se compõem de um complexo de sensações que não são entidades físicas nem entidades psíquicas, são aceitas e defendidas por Mach (Analyse der Empfindungen, 1900). [Abbagnano]