(in. Antibistoricisni; fr. Antihistoricisme; al. Antihistorismus; it. Antistoricismo).
Termo empregado principalmente por Croce para designar o Iluminismo, que, como “racionalismo abstrato”, teria considerado “a realidade dividida em supra-história e história, num mundo de ideias ou de valores e num mundo inferior que as reflete ou as refletiu até agora de modo fugidio e imperfeito e ao qual convirá uma vez por todas impô-los, fazendo suceder à história imperfeita, ou à história pura e simples, uma realidade racional perfeita” (Lastoria, p. 51). Desse ponto de vista, são “anti-históricas” todas as doutrinas que distinguem o que é do que deve ser, isto é, que não admitem a identificação hegeliana entre realidade e racionalidade. — Na verdade, o Iluminismo não é “anti-historicismo”, mas “anti-tradicionalismo”, pois constituiu a primeira e mais radical condenação da tradição como portadora e garantia de verdade (v. iluminismo; tradição). [Abbagnano]