A unidade da alma postula sua indivisão e, portanto, sua presença como todo em cada uma das partes do corpo. Aqui surge, porém, uma dificuldade: aparecendo as atividades particulares, a vista por exemplo, ligadas a órgãos especiais, não se deverá reconhecer, em relação a estes órgãos, uma especificação do próprio princípio vital? Sim, responde Tomás de Aquino, mas à maneira de um todo potencial que se diversifica como princípio de atividade, sempre permanecendo essencialmente um. O precedente princípio fica assim salvo.
A este respeito, interrogaram-se os antigos com perplexidade sobre o caso de certos viventes, plantas e animais inferiores, que, sem perecer, podem ser efetivamente multiplicados. Teria sido dividida a alma primitiva? Ou novas almas teriam sido eduzidas por geração? É difícil responder de maneira decisiva: todavia o essencial será salvaguardar sempre a unidade da alma na unidade do vivente. [Gardeil]