reintegração

Pelo fato do grau de Mestre representar, ao menos virtualmente, o limite final dos “pequenos mistérios”, o que precisamos ter em vista no caso de “reunir o disperso”, é, em particular, a reintegração no centro do estado humano. Mas, como se sabe, o mesmo simbolismo é sempre aplicável a diferentes níveis, em virtude das correspondências existentes entre eles; desse modo, pode ser referido tanto a um mundo determinado, quanto ao conjunto da manifestação universal. E a reintegração no “estado primordial”, que aliás é também “adâmico”, representa como que uma figura de reintegração total e final, ainda que na realidade seja apenas uma etapa do caminho que leva a ela. (Guénon)


MORTE — REINTEGRAÇÃO

VIDE: theosis

Leo Schaya:

Separando o homem dos quatro elementos corporais e de suas causas sutis que são os elementos psíquicos, Deus recolhe toda a diferenciação individual do ser humano no centro único deste: na unidade de seu corpo etéreo, de sua alma espiritualizada e de seu espírito deificado, unidade que se integra naquela do Uno. Se Deus é a Causa Primeira deste desapego e desta união, o homem disto é a casa segunda: ele coopera ativamente no recolhimento de todas suas possibilidades individuais em seu centro comum e divino. Ele “ama Deus de todo seu coração (ou espírito), de toda sua alma e de todo seu poder (interior e exterior)”; ele faz a Vontade Divina em todos os domínios de sua existência terrestre e concentra seu espírito sobre Deus, até a absorção de seus cinco sentidos corporais e o recolhimento de seu pensamento e de toda sua alma diferenciada em sua essência única e divina. Ele dispara por aí mesmo a reabsorção de seus elementos corporais e psíquicos na Presença real, e esta “união do de baixo provoca a União do do alto”, aquela do ser imanente com o Transcendente. Em outros termos, os quatro elementos corporais são reintegrados no “Éter” (Avir) enquanto os quatro elementos psíquicos — a “alma corporal”, a “alma mental”, a “alma espiritual” e a “alma eternamente viva” — se reabsorvem em sua essência divina, a “Alma Única” (Yehidah) e idêntica ao “Um sem segundo”. é assim que a natureza humana reentra na natureza divina, que a vibração deífica é transmutada em vibração deificante, que o claro-escuro da “árvore do bem e do mal” é eclipsada pela caridade pura da “árvore de Vida” ou da Grande Iluminação, — que o homem se retira de sua Queda e encontra sua unidade com Deus.