Weber

WEBER (Max), economista e sociólogo alemão (Erfurt 1864 — Munique 1920). Livre-docente em Berlim em 1893, lecionou nas universidades de Fribourg-en-Brisgau (1894) e de Heidelberg (1897). Promoveu uma sociologia baseada mais na “compreensão” das realidades humanas que na “explicação” das instituições objetivas. Após Simmel e von Wiese, Max Weber exerceu uma ação preponderante sobre a sociologia alemã: seu objetivo era construir tipos ideais da vida social e, com sua ajuda, compreender inicialmente e explicar depois as condutas sociais dos homens. Além de seu célebre artigo sobre A ética protestante e o espírito do capitalismo, publicado no Archiv fur Sozialwissenschaft und Sozialpolitik (1901), apareceram depois de sua morte Economia e sociedade (1922), estudos da sociologia da religião (1921), de metodologia científica (1922), de sociologia, de política e de história social e econômica (1924). (V. antropologia cultural, compreensão, sociologia.) [Larousse]


Weber, Max (1864-1920) Filósofo e sociólogo alemão (nascido em Erfurt), estudou nas Universidades de Heidelberg, Berlim e Góttingen, e foi professor em Freiburg (1894-1895) e Heidelberg (1895-1897), abandonando a atividade acadêmica devido a sua saúde frágil. É um dos principais responsáveis pela formação do pensamento social contemporâneo, sobretudo do ponto de vista metodológico, quanto à constituição de uma epistemologia das ciências sociais que, segundo sua visão, devem ter um modelo de explicação próprio. diferente do das ciências naturais. E de grande importância sua distinção entre a razão instrumental e a razão valorativa, sendo que os juízos de valor não podem ter sua origem nos dados empíricos. Em sua análise da formação da sociedade contemporânea, Weber investigou os traços fundamentais do Estado moderno, da sociedade industrial que o caracteriza e da burocracia que tem nele um papel central. Sua obra mais influente é A ética protestante e o espírito do capitalismo (1904-5), na qual procura mostrar que uma análise estritamente econômica seria insuficiente para explicar o surgimento do capitalismo, devendo ser levados em conta elementos éticos, religiosos e culturais. Escreveu inúmeros ensaios e artigos, publicados postumamente em coletâneas, dentre os quais destaca-se o volume sobre a metodologia das ciências sociais: Ensaios sobre a teoria da ciência (1924). Escreveu ainda O sábio e o político, póstumo (1922). Convencido do inacabamento essencial das ciências, Weber, profundo conhecedor de Marx, revela a natureza da ciência social e da ciência histórica. [Japiassu]