eidético

(in. Eidetic; fr. Eidétique; al. Eidetisch; it. Eideticó).

Termo introduzido na filosofia contemporânea por Husserl a partir de Investigações lógicas (1900-01) para indicar tudo o que se refere às essências, que são objeto da investigação fenomenológica (v. fenomenologia). [Abbagnano]


(do gr. eidos, forma, essência), que concerne à essência das coisas, seu significado. — Esse termo é frequentemente empregado na fenomenologia de Husserl: a “redução eidética” é um método de reflexão que consiste em variar indefinidamente o conteúdo de uma representação (por exemplo, de uma representação da emoção) para destacar a essência da coisa (o caráter universal das emoções como impossibilidade momentânea do indivíduo em adaptar-se a uma situação). Husserl usou com frequência o exemplo geométrico do triângulo: se variamos indefinidamente as formas dos triângulos, as proporções dos lados, podemos destacar disso a “essência” do triângulo em geral, independentemente de todas as particularidades que podem revestir cada caso individual; trata-se de uma redução à essência. — Em psicologia, distingue-se a análise eidética e a análise genética: uma “genética” da emoção não destaca sua essência, mas as condições de seu advento temporal, o processo fisiológico e psicológico que a suscita. Totalmente num outro sentido, fala-se, em psicologia, de “imagens eidéticas” a propósito de imagens visuais que apresentam uma nitidez particular (principalmente entre as crianças de dez a quinze anos). [Larousse]


O termo eidético vem de eidos, palavra grega que significa ideia.

O eidético é imutável e intemporalmente válido, como o estabelece Husserl (1859-1953). Assim eidético refere-se à ideia, que é imutável, como por exemplo a ideia de cavalo, que se refere a todos os cavalos e não a um em particular. Esta ideia não sofre mutações no tempo: é válida intemporalmente. [MFS]