CAMUS (Albert), escritor francês (Mondovi, Argélia, 1913 — morto num acidente de automóvel em Villeblevin, Yonne, 1960). Tendo sido impedido, por uma lesão pulmonar, em 1934, de se apresentar ao exame de efetivação como professor de filosofia, passou a animar, até 1938, uma equipe de comediantes amadores. O jornalismo leva-o em seguida à metrópole, onde, durante a Segunda Guerra, participou ativamente do grupo de resistência “Combate”. Tornou-se, depois de 1945, o redator-chefe do jornal Combate. Sua notoriedade data de 1942, com a publicação de O estrangeiro e do Mito de Sisifo (ensaio filosófico). O absurdo da vida, a impotência da inteligência humana diante dos acontecimentos do mundo, o caráter inelutável da morte são os componentes fundamentais de seu universo. Seu depoimento vai do romance patético e simbólico da condição humana (A peste, 1947) ao teatro do absurdo (Calígula, 1945), passando pela narrativa (O exílio e o reino, 1957) e a crônica histórica (Atuais, 1949-1954-1958). Sua originalidade em relação a Sartre consiste em conservar, atrás das descrições modernas da existência, uma visão serena do homem colorida por certo otimismo: ao absurdo do mundo, o homem opõe sua confiança em si próprio e sua firme vontade de promover os mais altos valores morais e espirituais. Filósofo existencialista, Camus permanece um pensador clássico e um inspirado escritor. [Larousse]