olho

(…) o olho meramente curioso das pessoas. Esse olho vê apenas o que lhe aparece de imediato – o evidente para o olho, o único presente que as satisfaz. O olho da multidão não se inclina para perceber aquilo que se mostra num olhar para além. O olho das pessoas não está exercitado para perseguir aquilo que um sinal dessa natureza mostra a cada vez. O olho das pessoas é cego para os sinais. Para os polloi, como dizem os gregos, para o muito, aquilo que ultrapassa o olhar tem o valor de mera fantasia e invenção. As pessoas se atêm, em vão, ao “real” e ao simplesmente dado. Mas o olho das pessoas não dispõe de um olhar para o pouco evidente e discreto, para esse lugar de abrigo dos sinais autênticos. (…) (GA55MSC:37)